quinta-feira, 27 de maio de 2010

[Porto/Régua - 2010] Último dia

Estudei o guia, pesquisei a internet, e neste último dia pegamos o trem na estação São Bento no Porto em direção à Regua. São 2 horas de viagem seguindo o rio Douro. Tivemos uma visão espetacular da região, com seus vales e montes repletos de vinhas. A paisagem é simplesmente deslumbrante. Chegando em Régua, essa pequena cidade com o total impressionante de 2 ruas, às margens do rio Douro, pegamos um taxi até a Quinta da Pacheca. Trata-se de uma pequena vinícula familiar que planta, colhe, pisa, envelhece e engarrafa seu próprio vinho de forma independente. Chegando da Quinta fomos recebidas pelo próprio dono. Iniciamos a visita no local para onde a uva é levada pelos homens após colhida pelas mulheres, para ser pisada. A colheita é feita somente em setembro/outubro, de forma que o local estava vazio. Após o suco é levado para os grandes tonéis de madeira para envelhecer no mínimo 3 anos. A visita seguiu acompanhada pelo Pipo, cão velhinho da propriedade, até a pequena loja para a prova e, consequentemente, compra de vinhos. Foi interessante descobrir que os países que participam da Comunidade Européia tem quotas para produção de alimentos, incluindo o vinho. Cada país só pode produzir a quantidade determinada pela Comunidade. A tal aguardente vínica usada para fazer o vinho do Porto é produzida pelo governo e distribuida de acordo com as quota do país. Nem imaginava uma coisa dessas. Almoçamos, demos uma volta, e pegamos o trem de volta para o Porto apreciando novamente a vista maravilhosa da viagem. Outro fato muito interessante da região é que qualquer pedaço de terra, grande, médio, pequeno ou minúsculo como um quintal, tem vinhas e hortaliças plantadas. Não há terra sem cultivo. Chegamos de volta ao Porto. Hora de acondicionar todos os vinhos e lembranças nas malas. A minha é a pior. Contrabando total de birita. E é isso. Acabou o que era doce. Foi uma viagem ótima, com alguns aspectos complicados pela idade da Dona Nair, que no balanço geral da viagem encarou tudo corajosamente, reclamando uma coisa aqui ou ali, mas curtindo bastante a viagem sempre sonhada. Fico feliz de ter ajudado a realizar tal sonho. Essa viagem a Portugal ficará para sempre marcada na minha mente e no meu coração. Agora é voltar à lida e tentar perder o mais rápido possível os quilinhos a mais. Até a próxima!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

[Porto - 2010] Oitavo dia

Fomos dar o passeio de barco pelo Rio Douro hoje. Quando chegamos compramos ingressos por 19 Euros que incluía passeio na jardineira, visita à adega em Gaia e passeio de barco. Achei muito bom negócio. O passeio de barco dura mais ou menos uns 50 minutos e dá uma visão geral da cidade vista pelo Rio. Ainda bem que o vento frio hoje deu uma trégua na hora do passeio. Depois resolvemos seguir a indicação de um livro de turismo que tem no quarto do hotel e fomos almoçar em Matosinhos, um distrito que fica ao lado do Porto. Lá tem uma porção de restaurantes de frutos do mar. Seguimos a indicação do motorista de taxi e fomos em um restaurante chamado Manjara. Comi outra Sapateira (carangueijo fria) e minha mãe e minha avó comeram um filé de pescada. Depois fomos andar pela orla com um vento frio batendo. Não resta muito mais o que fazer no Porto então fomos às comprinhas das lembrancinhas. Amanhã vou inventar um passeio de trem até Peso da Régua para conhecer uma vinícula. Vai ser meio na aventura, nem sei se vou levar a Dona Nair.

terça-feira, 25 de maio de 2010

[Porto/Gaia 2010] Sétimo dia

Acordamos e, tchanan! Chuva e frio! Clima digno de todas as roupas que colocamos nas malas, finalmente. Tomamos um pequeno almoço (café da manhã) barato na pastelaria (padaria) ao lado do hotel e levei minha avó para o ponto da jardineira. Como eu já tinha feito o passeio no dia anterior, pedi à minha mãe que acompanhasse a minha avó e decidi dar uma volta a pé. Sinto falta disso. Como estou viajando com duas senhoras não posso abusar nas caminhadas. O que para mim é pinto, para minha mãe é normal e para minha avó uma escalada ao Everest. Quando fui para Paris, Londres e Roma andei feito uma condenada. Em Nova York cheguei a fazer bolhas nos pés de tanto andar. Aqui estou fazendo passeio de gorda... e engordando. Só táxi, carro, ônibus etc. Desci até a parte de cima da ponte D. Luis I. Andei até a metade com muito vento na orelha. Aí avistei o elevador que levava até lá embaixo na Ribeira. Voltei e peguei a geringonça. Dei uma volta na Ribeira ainda com muito vento gelado nas fuças. Atravessei a parte de baixo da ponte D Luis I até Gaia. Sentei em um barzinho para esperar as donzelas do ônibus vermelho. Neste meio tempo tomei uma tacinha de vinho do porto com vista para o Porto. Que coisa mais chique! As “meninas” desembarcaram ali como combinado e atravessamos novamente para a Ribeira para almoçar. Comi um bacalhau (a contra gosto, pelo social da viagem, porque definitivamente não gosto de bacalhau) e tomei uma Porça de Murça do Douro. De volta a Gaia, fomos à adega Calem. Que visita bacana. Nossa! Eu adoro vinho, mas sou completamente leiga no assunto. Lá explicaram que o vinho de mesa e o vinho do porto são feito das mesmas uvas. A diferença é que a fermentação do vinho do porto é interrompida logo no começo. Eles anulam a levedura com álcool a 75 graus. Por isso o vinho é forte e doce. Depois fizemos uma degustação. Dona Nair matou os dois cálices de vinho, branco e tinto, e conversou com todo mundo. Voltamos ao hotel para descansar. De noite o programa é jantar, me perdoem, num restante chinês que descobri ao lado da ponte D. Luis I. Não agüento mais bacalhau, frutos do mar e afins. Minha lombriga agora está atiçada. Precisa de uma Yakissoba pra acalmar.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

[Porto/Gaia 2010] Sexto dia

Dia de deixar Coimbra pra traz e seguir a diante para o Porto. Ao invés de pegarmos a auto estrada, olhando o mapa, resolvemos pegar uma estrada vicinal que também seguia para o Porto. Nossa esperança era encontrar paisagens bucólicas portuguesas. Entretanto, a tal estrada vicinal passava por áreas industriais cheia de caminhões, que provavelmente estavam fugindo das portagens (pedágios, que aqui são muito caros como no Brasil). Passamos por cidades pequenas e modernas (todas com casas com janelas fechadas e ninguém andando na rua). Tinha até puta rodando bolsinha na estrada. Decepcionadas, retornamos à auto estrada A1. Os portugueses dirigem feito malucos. Provavelmente todos aprenderam a dirigir na escola de condução radical em Lisboa. Eu estava a 120 km/h e os carros passavam batidos, a uns 200 km/h. Nem se eu quisesse correr. O Corsinha alugado era mil. Chegamos no Porto e fomos direto ao hotel. Ele fica na Praça da Batalha, bem no centro da cidade. Fomos almoçar em um restaurante perto para a Dona Nair não se cansar muito. O restaurante chamava-se Tripeiro e servia uma boa comida típica portuguesa. Após, deixamos a Dona Nair no hotel para descansar e fomos dar uma volta pela cidade. Compramos bilhetes para passeio naqueles ônibus abertos (que inclui passeio de barco pelo Douro e visita à adega em Gaia). O passeio é muito bonito, passando pela foz do Rio Douro, por Gaia e pelo centro do Porto. A cidade é lindíssima! Depois chegou a hora de devolver o carro. Aí foi uma aventura a parte, porque a Europcar é longe pra caramba. Depois de muito andar, errar e acertar, Corsinha devolvido. Hora de tomar aquele imperial frio (chop gelado). Fato é: Já estou com uma saudade louca do meu filho peludo!

domingo, 23 de maio de 2010

[Coimbra - 2010] Quinto dia

Coimbra tem um centro pequeno todo construído em volta de Universidade. De manhã dei uma volta de reconhecimento e segui a indicação da recepção do hotel subir até a Universidade pelo elevador. Quando cheguei lá em cima do morro, me deparei com mais subidas a serem enfrentadas a pé. Pernas para que te quero. Entrei e saí por ruazinhas desertas até que consegui achar o prédio principal da Universidade de Coimbra e descobrir que poderia ter subido de ônibus ou carro. Anotação mental: não seguir mais indicação da recepção do hotel. Confesso que me decepcionei. Esperava mais imponência e tradição. Imaginei que respiraria cultura, conhecimento. Mas o passeio foi bem turístico e pouco deslumbrante. De toda forma, foi interessante conhecer uma Universidade tão conceituada e tão antiga (datada de 1537). Voltei ao hotel para pegar Dona Nair que não estava se sentindo bem para ir até a Universidade. Peguei o carro e dei uma voltinha pela cidade. Decobrimos no parque às margens do Rio Mondego um local com diversos restaurantes e decidimos ali almoçar. Dona Nair pediu um bacalhau que veio a ser o bacalhau mais gordo que já vi na minha vida. Disse ela que estava delicioso. Com o carro, subi até a Universidade para mostrar para a Dona Nair já que ela não pode ir no passeio da parte da manhã. Passamos também no Jardim Botânico que é o mais antigo de Portugal. Rumamos para o hotel para o descanso de toda tarde. Coimbra é uma cidade pequena e pelo que reparei as suas atrações se esgotam em um dia. Amanhã vamos sair de Coimbra em direção ao Porto, última parada da viagem.

sábado, 22 de maio de 2010

[Óbidos/Peniche/Fátima - 2010] Quarto dia

Demorei para dormir preocupada com a falta de direções para sair de Lisboa e chegar nas cidades planejadas. Fiz uma rota meia boca nos mapas do guia, mas é claro que falhou. E falhou bem na saída do hotel. Uma conversão não permitida quebrou a minhas pernas. Tive que dar uma baita volta e botar para funcionar o meu GPS natural. Funcionou bem. Dali por diante, foi uma sucessão de erros no caminho consertados sabe-se lá de que forma pelo meu GPS embutido no cérebro. Saímos de Lisboa e pegamos a A8 Oeste rumo à Óbidos. E lá nós chegamos cerca de 30 minutos depois. Uma cidade toda construída dentro de muralhas de pedra. A cidade foi presente de casamento do Rei Dinis à sua esposa Isabel no século XIII. Que presentão, hein!? O lugar é um charme! Lindíssimo! Valeu muitíssimo a pena. Dona Nair adorou as lojinhas, comprou presentinhos para todos e eu e minha mãe experimentamos o famoso licor de Ginja dentro de um copinho de chocolate. Delicioso! Partimos em direção à Peniche ou assim eu pensava. Fui seguindo as placas, mas nos metemos em uma estradinha pequena que não acabava nunca. Nela podemos observar que Portugal é de fato um país muito pouco populoso. Não tem ninguém nas ruas. Impressionante e assustador. Minha avó ficou indignada porque praticamente todas as casas que vimos no caminho estavam com as janelas fechadas. Acho que pegamos o caminho mais longo, mas foi muito bom porque passamos por uma praia linda que não sei o nome. Areia branquinha e mar límpido. Uma praia digna de qualquer praia na costa verde. Muito bonita mesmo. Chegamos no centro de Peniche e procuramos um lugar para comer. Eu comi um espeto de Lula e a minha mãe e a minha avó comeram peixe espada. Estava tudo muito bom! Dali pegamos a estrada para Fátima. Encontrei a cidade no cheiro. Puro sexto sentido. Visitamos o santuário, compramos os terços que foram encomendados pelos amigos católicos e seguimos finalmente para Coimbra. Na estrada encontramos o ônibus que transportava o time do Benfica. Não sabia como ia fazer para encontrar o hotel. Mas não foi difícil. Mais uma fez o GPS funcionou de acordo. A internet aqui no Hotel Tivoli Coimbra é cara a beça, então vou ter que maneirar na navegação. Fomos descansar um pouco e daqui a pouco vamos sair para jantar. Amanhã é dia de bater perna e conhecer a famosa Universidade de Coimbra. Não vejo a hora.

[Sintra/Cascais/Estoril - 2010] Terceiro dia

Reservamos o dia de hoje para visitar Sintra, Cascais e Estoril. Como minha avó está com certos problemas de locomoção, decidi alugar um carro com motorista para nos levar até lá. Às 9 da manhã estava lá João Pedro, lindíssimo, com seu Mercedez prateado impecável. Já tinha valido ali a grana paga. Ele foi explicando a história dos locais onde iríamos visitar. Tudo com a simpatia tão peculiar dos Portugueses. A primeira parada foi no Palácio de Queluz nos arredores de Lisboa. Era o palácio de veraneio da família real. Lá tem um quarto com a indicação que os filhos de D. João VI e D. Carlota Joaquina nasceram ali e ali também morreu D. Pedro IV, nosso D. Pedro I. É um palácio no estilo palácio de Versales, em dimensões bem mais modestas. Valeu a pena conferir. Após seguimos para Sintra onde podemos fazer umas comprinhas e visitar o Palácio da Pena. Fica no topo da montanha e foi construído em estilo esquizofrênico, misturando rococó, barroco, mourístico, romântico, uma miscelânea só. De toda forma, o passeio também valeu. De lá tomamos o rumo de Cascais. Pensava que se tratava de uma vila rústica de pescadores, mas o que encontramos foi uma mini-Malibu a la portuguesa. Lindo, mas bem longe do que é considerado rústico. Comemos um peixe de baixo de uma árvore, demos uma voltinha e fomos até Estoril. Essa região tem lindas praias, como eu nunca poderia ter imaginado. Voltamos para o hotel para levar a Dona Nair para descansar. Eu também precisava descansar, para falar bem a verdade. Depois fui buscar o carro que tinha reservado, pois vamos sair amanhã bem cedo. Pedi um GPS e pronto: não tinham nenhum disponível. Danou-se. Pensei. Vi uma luz no fim do túnel. Pensei em acessar o Google Maps e ver o caminho certinho. Maaaaaaaaas... quando cheguei no hotel, advinha?! Internet fora do ar sem previsão de retorno. O jeito foi pegar os mapas do guia e tentar encontrar o caminho no cheiro. Deixando o problema um pouco de lado, fomos a um restaurante para ver o famigerado fado. Pedi uma indicação no hotel e nos foi informado que o restaurante A Severa era uma boa pedida. Em que pese a opinião contrária da minha mãe que a-d-o-r-o-u, eu achei muuuuuuuito caro e o fado bem pobrinho. Chegamos tarde no hotel para dormir e descansar para a viajem do dia seguinte para Óbidos, Peniche, Fátima e Coimbra, que não sei como vou encontrar. Adeus, Lisboa!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

[Lisboa - 2010] Segundo dia

De fato, a característica mais marcante do português é a grosseiria e o mal humor. Mas veja, não é pessoal, não quer dizer que o gajo não foi com a cara. Eles são essencialmente assim. Desde o taxista, passando pelo garçom e o motorista de ônibus. Hoje levei uma bronca de um motorista de taxi porque entrei pela porta do carro que dava pra rua e não pra calçada. Ele disse que era perigoso, mas cá pra nós... aqui os motoristas de taxi não usam cinto de segurança! Mais tarde eu perguntei para o condutor do bonde que estava parado: "Já vai sair?". Ele respondeu: "sim, mas não pode subir aqui. Tem que subir no ponto". Ok, mas o ponto estava a menos de 3 metros dali. Ele andou os 3 longos metros e abriu a porta. Agora a gente podia subir. Ahhh bom! Pegamos o bonde 28 até Alfama para visitar o Castelo de São Jorge. O passeio é muito bonito e, para quem nunca tinha andado de bonde, foi uma sensação a parte. O ponto do castelo não é bem no castelo. Tem que subir um trecho a pé. Tudo bem para as pernocas de 31 anos, mas não para as de 86. Tivemos que pegar uma van para subir por causa da Dona Nair. Chegando lá tinha mais subida ainda. Não deu para ela, que ficou ali em baixo curtinho as lojinhas. Subimos eu e minha mãe, passeamos pelo castelo e curtimos o que há de melhor de lá: a vista! Depois coloquei as duas num taxi até o restaurante que eu indiquei para o taxista e desci a ladeira toda a pé. Passei por becos, ruelas, escadarias, uma favelinha européia com casas velhas com roupas penduradas na janela para secar. Desci mais rápido que o taxi e fui procurar o restarurante que estava indicado no guia da Folha. Depois de perguntar, subir, descer e perguntar novamente, achei o beco com um restaurante super charmoso com mesas sob a sobra de uma árvore. Depois fomos ao shopping Colombo que fica na frete do estádio do Benfica para comprar uma bermuda para a Dona Nair. Aqui está um calor digno de Rio de Janeiro e estamos com só com roupa de frio na mala, salvo uma bermudinha colocada na mala na última hora por puro sexto sentido. Deixamos a Dona Nair no hotel para descansar e fomos eu e minha mãe para o Chiado. Tomamos uma cerveja na A Brasileira e tiramos fotos do Fernando Pessoa. No meu guia tinha uma indicação singela de uma cervejaria chamada Trindade que ficava ali perto. Vamos conferir. Tratava-se, depois soubemos, da mais antiga cervejaria de Portugal instalada há 170 anos em uma casa onde antes funcionada uma hospedaria do século XIII. Lá havia um folheto informando que desde esta época não houve um só dia que não tivesse ali um visitante para comer e beber e que devíamos manter a tradição e fazer o mesmo. E assim foi. Em um ambiente cheio de azuleijos pintados, tomamos alguns chopps e comemos uma Sapateira (um carangueijo grandão). Aqui a Sapateira é servida fria e o chopp quente. Rs. Coisas de Portugal. Depois de tomar as cervejas, tomamos o metro de volta ao hotel, para variar, podres de tanto bater perna. Amanhã vamos à Sintra e Cascais. Fotos no link ao lado.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

[Lisboa - 2010] Primeiro dia

Como já era de se esperar, a viagem foi dura. Lombar latejando, bunda doendo, perna dormente. Coisas de classe econômica. A TAP é bem fraquinha. Comidinha ruim, atendimento péssimo (não adianta chamar a aeromoça que ela não vem nem a cacete), filmes ruins. Pra variar não consegui dormir nadinha, assim como a minha mãe e a minha vó, apesar de terem tomado bolinhas para dormir. Chegamos em Lisboa 5:30 da manhã com um fuso doido de 4 horas, pegamos um bicha (fila) considerável na imigração, tomamos um táxi e fomos para o hotel descansar. O hotel é ótimo, com vista para um parque lindo. São dois quartos e um banheiro. Tudo pequeno, mas honesto. Descansamos até umas 10 da manhã e saímos para desvendar os segredos lusitanos. Como estou com a minha mãe e minha vó nesta viagem, o esquema de bateção de perna teve que ser abandonado. Assim sendo, achei melhor comprar passagens pra o city tour naqueles ônibus abertos. Olha, uma coisa importante para quem pretender fazer o mesmo. Compre passagens para o ônibus vermelho, esqueça o amarelo. Enquanto passam 4 vermelhos, passa 1 amarelo. Chegamos a esperar 40 minutos pelo busão. Mas tudo bem. Estou de férias. Visitamos a torre de belém, monumento do descobrimento, mosteiro jerômino, depois fomos na região do Rossio almoçar. Comemos bacalhau com nata e bacalhau a brás em um pequeno restaurante. Eu que não sou nada fã de bacalhau, adorei! Voltamos para o hotel para deixar a minha vó porque ela estava muito cansada. Depois saímos eu e minha mãe para completar o resto do city tour. Passeamos por toda a cidade, desde a parte antiga até a parte nova, com grandes e belas edificações. Lisboa é um Rio de Janeiro menos detonado, limpo e com muito menos gente (em plena hora do almoço no centro da cidade, as ruas estavam vazias). Parece que estou em casa, principalmente porque pode-se pedir guaraná, toca-se samba nos restaurantes, todos sabem da política brasileira e o povo português se parece muito com o brasileiro, a não ser por um detalhe: São grossos a beça. Nunca vi coisa igual. Ganham até dos franceses! De resto, nem parece que estamos do outro lado do Atlântico. Hoje foi um dia cansativo, principalmente pela falta de horas de sono e pelo sol que tomamos na cabeça o dia inteiro (vez uns 33 graus aqui hoje). Amanhã o dia vai ser cheio. As fotos já estão no link ao lado!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Comming soon...

Lisboa, Coimbra e Porto - Portugal - 18/05 a 28/05

sábado, 20 de fevereiro de 2010

[Buenos Aires – 2010] Quarto de último dia

Acordamos e estava chovendo. Que desgraça! Resolvemos desistir do pão com manteiga do hostel e ir até o Café Tortoni (super tradicional em Buenos Aires, aberto desde 1858 – ou algo do tipo). Só tem tradição. O café é normal, os doces normais, o atendimento normal (padrão Buenos Aires). Ali descobrimos que tinha um show mais intimista de noite. Fizemos a reserva. A chuva parou e restou somente o frescor. Ah, que temperatura maravilhosa. Muriqui devia estar a 40 graus e eu a 20 graus. Tem coisa melhor? O povo do hostel tinha dito que o zoológico da cidade era bacana, pois era permitido dar comida para os animais. Pegamos o subte até Palermo e lá fomos nós dar comida pra bicho argentino. Recomendação para quem um dia quiser fazer esse passeio: leve repelente. Aliais, se você for a Buenos Aires, não esqueça do repelente. Comecei a ser picada na porta do aeroporto e não parou mais. Tinha mosquito no hotel, na rua, no restaurante. Uma loucura. Fiquei toda coçando. Voltando ao zôo, realmente é permitido dar comida aos animais, mas vc compra a comidinha certinha deles. Bacaninha. Depois fomos em um restaurante chamado Las Cholitas na Recoleta recomendado por um colega. Olha realmente, o lugar é divino. Comida farta, boa, bem servida e barata, muito barata. Pagamos a fortuna de R$ 15 cada. Depois resolvemos conhecer bares na Recoleta. Pulamos de bar em bar bebendo cerveja. Ótima maneira de conhecer os bares, beber e não ficar com fama de bêbedo. Um pouco embriagada, pegamos um táxi de volta para o hostel para tomar um banho e ir ao tal do show de tango intimista. Bem diferente do tango broadway, pequeno e divertido. Outro estilo completamente diferente que vale a pena conhecer para comparar. E esse foi o final da viagem. No dia seguinte, pegamos o avião pinga-pinga de volta e em 12 horas estávamos em casa, no calor de Muriqui.

[Buenos Aires – 2010] Terceiro dia

Podemos acordar mais tarde por um motivo um tanto ridículo. No aeroporto resolvemos trocar poucos reais em pesos porque o câmbio estava muito ruim. Estavam pagando R$ 0,61 quando oficialmente a cotação era em torno de R$ 0,47. Trocamos aquele dinheirinho pouco só para o táxi e parar sobreviver a noite, pois a intenção era trocar mais grana no dia seguinte. Não lembramos, porém, que o dia seguinte era um domingo e estava tudo fechado. Isso quer dizer que final do dia estávamos completamente sem dinheiro pra nada. Como os bancos só abriam depois das 10hs e não tínhamos um puto, acordamos tranquilamente, comemos nosso pãozinho com manteiga e doce de leite. Andamos até a Rua San Martin que tem um montão de bancos, trocamos finalmente a grana e fomos passear na Rua Florida. Lá tem um comércio ótimo, ainda mais com a moeda deles assim tão desvalorizada. E por falar em comércio e moeda fraca, aproveitamos o dia para conhecer Buenos Aires e fazer comprinhas! Pegamos o metro (que aqui se chama Subte – adorei o nome. Fiquei repetindo váááááárias vezes. Metro agora pra mim vai ser Subte pra sempre) e fomos até Villa Cresto onde tem umas lojas de ponta de estoque com coisas baratérrimas. Olha daqui e dali, achei uma loja Nike e fiz a festa. Compra mais uma coisinha, dá uma andadinha, pronto. Bateu aquela fome. Onde vamos? Onde vamos? Consultamos as dicas dos amigos e os guias de viagem e estava lá recomendado o restaurante Siga la Vaca. Pegamos o subte de volta ao centro e fomos até o Puerto Madeiro. Chegamos umas 2 horas e demos sorte, ninguém na fila (que na saída estava quilométrica). O valor era AR$ 47 por pessoa, incluindo 1 litro de bebida (qualquer uma) e sobremesa. O sistema é buffet com muita carne argentina. Comi tanto de pensar que ia morrer rolando. Saindo de lá fomos conhecer Palermo que disseram para nós que era supimpa, mas achei meio chatinho. Sentamos num barzinho tomamos mais 1 litro de chopp (depois de ter tomado 2 litros no restaurante) e seguimos de volta para o hostel. De noite teve show de tango. Escolhemos um lugar recomendado por um amigo argentino e pelo próprio hostel. Chamava-se Tango Porteño. Você tem duas opções nestes tipos de shows. O primeiro é comprar o ingresso e o jantar e o segundo só o ingresso para o show. Compramos o segundo pelo simples fato que a vaca do Siga la Vaca ainda estava mugindo no nosso estômago. Mas não sei se é a melhor opção. Lá em baixo no teatro o povo fica em mesa, comendo e bebendo. Quem paga só o show fica na parte de cima, quase sem visão nenhuma para o palco. Muito ruim mesmo. E ainda por cima não pode beber nem uma água. O show é um espetáculo da broadway. Todo high tech com bailarinos dança juntos e tal. Gostei mas fiquei com a impressão que aquilo era coisa para turista ver. Voltamos para o hostel e tomamos aquela cervecita básica antes de capotar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

[Buenos Aires - 2010] La Bombonera


Logo pela manhã sentei no sofá no hall do hostel para passar um email para minha irmã. Tive dificuldades para conectar à rede wireless e um brasileiro que estava do meu lado me deu uma ajuda. Começamos a conversar sobre o que fazer em Buenos Aires e entre outras coisas ele disse: "Vai ter jogo hoje do Boca e vai sair uma excursão aqui do hostel". Oba, bacana. Pensei. Fiz a minha reserva. As 16 horas chegou o ônibus que iria nos levar. Aí foi o primeiro de uma sequências de choques. Um busunga escolar velho caindo aos pedaços que dava até medo de pegar um tétano ou coisa que o valha. Mas tudo bem. Tudo é diversão. Dentro da bumba o guia disse que iríamos parar em um lugar primeiro para comer e beber alguma coisa. Beleza, nada melhor realmente já que dentro do estádio não pode beber. Muita inocência a minha. Na verdade, como no Brasil, não é permitido beber em um raio de 5 quadras do estádio. Paramos umas 3 quadras do estádio e o guia nos levou para um buraco inacreditável. Era os fundos de uma casa de madeira caindo aos pedaços literalmente. Um cortiço da pior qualidade onde se servia cerveja ilegal e pão com linguiça um tanto suspeita. Surreal a situação. Era rir para não chorar. Comecei a me ligar que o programa era de índio. Tomada a cerveja as pressas e ilegalmente, seguimos para o estádio. Subimos infinitos lances de escada até chegarmos à arquibancada que ficava na cabeceira do campo. Nos posicionamos em um local estratégico e esperamos, esperamos, esperamos, esperamos, esperamos... De repente a coisa começou a ficar apertada, apertada, apertada, muito apertada.... até que tivemos que levantar e ficar de pé para não sermos esmagados. Neste momento eu já estava xingando mentalmente o filho da puta do moleque brasileiro que me meteu nessa furada. Faltando uns 10 minutos para começar o jogo, no outro lado do campo, na outra cabeceira, chegou a torcida organizada do Boca com bandeiras, faixas e bateria. Pulavam e cantavam feito doidos. E assim se portaram durante todo o jogo sem parar um só minuto. Uma coisa impressionante de se ver. Não tem como não se maravilhar com a paixão deles pelo time. Já fui em alguns jogos de futebol no Brasil e nunca vi nada que chegasse nem perto do que presenciei em 90 minutos de jogo. O time em si uma mierda. Empatou com o time de sei lá do que de Tucumán, penúltimo da tabela do campeonato argentino. Mesmo jogando muito mal, a torcida não parava de cantar e pular e empurrar o time. Os jogadores podiam errar o passe, o chute, pisar na bola... lá estava a torcida aplaudindo e apoiando. Quando surgiram algumas manifestações de desagrado com o time o que se ouviu foi um "shhhhh" coletivo, do tipo "cala a boca, não fale mal do Boca". No final do jogo, teve um momento maravilhoso onde a torcida ficou enlouquecida e cantava muito alto. Fiz um vídeo do momento e vou postar em breve. O jogo mesmo foi uma pelada, mas a tal da torcida do Boca deu um show! A torcida do meu Guarani deveria fazer uns estágios por aqui. Isso é que é amor ao clube. No fim de tudo, apesar do momentos de alta tensão, o passeio valeu muito a pena.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

[Buenos Aires 2010] Segundo dia

Acordei cedo e desci para o café da manhã. No hostel, além de pagar 22 dólares por dia, vc ainda tem café da mnhã de graça. Tudo bem que é aquele pãozinho com manteiga básico, mas dá e muito para o gasto. Devidamente alimentada, andei até a praça de maio, tirei fotos em frente a casa rosada, passeio clássico e indolor. Após, andei pela rua da defesa até o bairro de San Telmo. Nos domingos tem uma feira por toda a extensão da rua e mais outras ruas laterais. Vende-se de tudo: roupa, biju, quadros, fitas K7... fitas K7???? Tem doido pra tudo quanto é lado. San Telmo é um bairro boêmio, com galerias de arte e antiguarios ao estilo Vila Madalena em São Paulo. Comprei uma coisinha aqui outra ali, voltei a praça de maio, fui conferir a catedral por dentro, segui até o obelisco na 9 de julho e resolvi conhecer a Recoleta. É um bairro mais chique, sem similar no Rio e em São Paulo. Um clima muito agradável, feirinha, gente bonita, barzinhos e restaurantes lindos com mesas na calçada. Um charme. Tomei uma cerveja, comi uma coisinha e fui conhecer o tal cemitério da Recoleta. Muito bonito e tal, mas não me senti bem naquela situação, tirando fotos de mausoléus, cercada de gente morta, na boa, muito móbido. Achei terrível e logo saí dali. Dali fui para o programa mais cansativo e desgastante do dia. Jogo do Boca Juniors na Bombonera. Esse merece um post a parte (que vou fazer amanhã, porque estou podre de casada agora e quero dormir).

[Buenos Aires - 2010] Primeiro dia

Depois do vôo pinga-pinga da TAM com escalas em Ciudad Del Leste e Assunción, cheguei pra lá de 7 horas da noite no aeroporto de Buenos Aires. A construção é moderna, grande e bonita, diferente do que eu me lembrava da vez que estive na cidade rapidamente em 1994. Pesquisei previamente que há vários tipos de transporte do aeroporto para o centro e fique entre o ônibus Manuel Tienda e o famigerado taxi. Como estávamos em duas, o mais em conta foi o taxi. O preço é tabelado em 118 pesos, cerca de 59 reais. Logo de cara me deparei com um costume do motorista argentino: correr feito louco. Apavorante. O percurso dura cerca de 25 minutos (em um sábado) em um boa auto-pista com dois pedágios. Achei um absurdo. Chegando na rua do hostel fiquei meio preocupada. A rua era deserta, estreita, com construções velhas e mal cuidadas, tipo centro do Rio. Essa associação logo leva a outra que, claro, tem a ver com a segurança do local. Mas aí fica a diferença. Apesar do aspecto um tanto suspeito, o local se mostrou bem seguro. O hostel ficava numa portinha também um tanto suspeita, mas ao entrar me deparei com um lugar descolado, com um bar, mesa de sinuca, um bando de estrangeiro bebendo cerveja e música alta rolando. Reserva ok, check in ok, subi para o quarto para ver o que me esperava. Tudo tranquilo. Quarto simples, mas limpo e bem cuidado. Tomei aquele banho amigo, fui ao Porto Madeiro ver qualé do local. Tinham me dito que ficou muito bacana após a revitalização que fizeram no local e, de fato, ficou muito charmoso e bonito. Muitos restaurantes um do lado do outro, clima agradável, gente bonita (na grande maioria brasileiros). Já era pra lá de 10 da noite e a fome apertou. Tantamos entrar nos restautantes mais badalados como o Cabana Las Lilas, mas a espera estava em mais de 1 hora. Lotadaço! Encontrei um outro restaurante chamado Sorrento (ou algo do tipo). Apesar da comida mais ou menos o atendimento foi péssimo ao ponto de demorarem mais de 40 minutos para fechar a droga da conta. Alias, fechar a conta e pagar está se mostrando um verdadeiro desafio por aqui. Depois voltei para o Hostel para dormir porque ninguém é de ferro. Masssss... ao chegar lá me deparei com uma festa no Hostel em comemoração ao dia de São Valentim. Musicão eletrônica, gente nova dos seus 20 e poucos anos, bonita e estranha e muita cerveja. Fiquei um pouco, coisa de duas cerveja, e deu. A tia foi dormir.