quinta-feira, 20 de maio de 2010

[Lisboa - 2010] Segundo dia

De fato, a característica mais marcante do português é a grosseiria e o mal humor. Mas veja, não é pessoal, não quer dizer que o gajo não foi com a cara. Eles são essencialmente assim. Desde o taxista, passando pelo garçom e o motorista de ônibus. Hoje levei uma bronca de um motorista de taxi porque entrei pela porta do carro que dava pra rua e não pra calçada. Ele disse que era perigoso, mas cá pra nós... aqui os motoristas de taxi não usam cinto de segurança! Mais tarde eu perguntei para o condutor do bonde que estava parado: "Já vai sair?". Ele respondeu: "sim, mas não pode subir aqui. Tem que subir no ponto". Ok, mas o ponto estava a menos de 3 metros dali. Ele andou os 3 longos metros e abriu a porta. Agora a gente podia subir. Ahhh bom! Pegamos o bonde 28 até Alfama para visitar o Castelo de São Jorge. O passeio é muito bonito e, para quem nunca tinha andado de bonde, foi uma sensação a parte. O ponto do castelo não é bem no castelo. Tem que subir um trecho a pé. Tudo bem para as pernocas de 31 anos, mas não para as de 86. Tivemos que pegar uma van para subir por causa da Dona Nair. Chegando lá tinha mais subida ainda. Não deu para ela, que ficou ali em baixo curtinho as lojinhas. Subimos eu e minha mãe, passeamos pelo castelo e curtimos o que há de melhor de lá: a vista! Depois coloquei as duas num taxi até o restaurante que eu indiquei para o taxista e desci a ladeira toda a pé. Passei por becos, ruelas, escadarias, uma favelinha européia com casas velhas com roupas penduradas na janela para secar. Desci mais rápido que o taxi e fui procurar o restarurante que estava indicado no guia da Folha. Depois de perguntar, subir, descer e perguntar novamente, achei o beco com um restaurante super charmoso com mesas sob a sobra de uma árvore. Depois fomos ao shopping Colombo que fica na frete do estádio do Benfica para comprar uma bermuda para a Dona Nair. Aqui está um calor digno de Rio de Janeiro e estamos com só com roupa de frio na mala, salvo uma bermudinha colocada na mala na última hora por puro sexto sentido. Deixamos a Dona Nair no hotel para descansar e fomos eu e minha mãe para o Chiado. Tomamos uma cerveja na A Brasileira e tiramos fotos do Fernando Pessoa. No meu guia tinha uma indicação singela de uma cervejaria chamada Trindade que ficava ali perto. Vamos conferir. Tratava-se, depois soubemos, da mais antiga cervejaria de Portugal instalada há 170 anos em uma casa onde antes funcionada uma hospedaria do século XIII. Lá havia um folheto informando que desde esta época não houve um só dia que não tivesse ali um visitante para comer e beber e que devíamos manter a tradição e fazer o mesmo. E assim foi. Em um ambiente cheio de azuleijos pintados, tomamos alguns chopps e comemos uma Sapateira (um carangueijo grandão). Aqui a Sapateira é servida fria e o chopp quente. Rs. Coisas de Portugal. Depois de tomar as cervejas, tomamos o metro de volta ao hotel, para variar, podres de tanto bater perna. Amanhã vamos à Sintra e Cascais. Fotos no link ao lado.

4 comentários:

  1. Estou me divertindo daqui, só de ler as peripécias do grupo pela maioria dos lugares onde estive. É meio como viajar de novo! Tomara que D. Nair e Elaine estejam curtindo as terras lusas, os tipos, as comidas, os vinhos, aquele sotaque peculiar, tudo!

    Beth

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  2. Estou acompanhando diariamente suas aventuras. As fotos são de dar inveja. Seu filho está muito bem, confesso que estou mimando-o muito. Hoje comprei um palitinho pra ele saborear. Ah, o Marquinho pediu pra você conseguir uma medalhinda de Nsa Sra de Fatima pra Andreia, ela é doida com essa medalha.
    Bjs

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  3. Recebeu meu sms? Queria estar aí. Tomem uma Raposeira por mim, é um espumante portugues que marcou nossa viagem de 2008.

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  4. Estou emocionada de ver a minha queridíssima Nair, a quem conheci em 1967, o que me faz sentir da família, se assim me autorizam. E vê-la ao lada de uma das filhas e de uma neta tão bonita. Estou preparando meus ouvidos para as histórias que ouviremos aqui, ao chegarem! Beijos, Clarisse

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