quinta-feira, 27 de maio de 2010

[Porto/Régua - 2010] Último dia

Estudei o guia, pesquisei a internet, e neste último dia pegamos o trem na estação São Bento no Porto em direção à Regua. São 2 horas de viagem seguindo o rio Douro. Tivemos uma visão espetacular da região, com seus vales e montes repletos de vinhas. A paisagem é simplesmente deslumbrante. Chegando em Régua, essa pequena cidade com o total impressionante de 2 ruas, às margens do rio Douro, pegamos um taxi até a Quinta da Pacheca. Trata-se de uma pequena vinícula familiar que planta, colhe, pisa, envelhece e engarrafa seu próprio vinho de forma independente. Chegando da Quinta fomos recebidas pelo próprio dono. Iniciamos a visita no local para onde a uva é levada pelos homens após colhida pelas mulheres, para ser pisada. A colheita é feita somente em setembro/outubro, de forma que o local estava vazio. Após o suco é levado para os grandes tonéis de madeira para envelhecer no mínimo 3 anos. A visita seguiu acompanhada pelo Pipo, cão velhinho da propriedade, até a pequena loja para a prova e, consequentemente, compra de vinhos. Foi interessante descobrir que os países que participam da Comunidade Européia tem quotas para produção de alimentos, incluindo o vinho. Cada país só pode produzir a quantidade determinada pela Comunidade. A tal aguardente vínica usada para fazer o vinho do Porto é produzida pelo governo e distribuida de acordo com as quota do país. Nem imaginava uma coisa dessas. Almoçamos, demos uma volta, e pegamos o trem de volta para o Porto apreciando novamente a vista maravilhosa da viagem. Outro fato muito interessante da região é que qualquer pedaço de terra, grande, médio, pequeno ou minúsculo como um quintal, tem vinhas e hortaliças plantadas. Não há terra sem cultivo. Chegamos de volta ao Porto. Hora de acondicionar todos os vinhos e lembranças nas malas. A minha é a pior. Contrabando total de birita. E é isso. Acabou o que era doce. Foi uma viagem ótima, com alguns aspectos complicados pela idade da Dona Nair, que no balanço geral da viagem encarou tudo corajosamente, reclamando uma coisa aqui ou ali, mas curtindo bastante a viagem sempre sonhada. Fico feliz de ter ajudado a realizar tal sonho. Essa viagem a Portugal ficará para sempre marcada na minha mente e no meu coração. Agora é voltar à lida e tentar perder o mais rápido possível os quilinhos a mais. Até a próxima!

Um comentário:

  1. Linda viagem, lindo trio (neta, mãe e avó),ótimos relatos de Mariana (que escreve muito bem, já disse), boas informações distribuídas pelos textos etc. Para quem acompanhou, como eu, no papel de tia, irmã e filha (da D.Nair, neste último caso), foi tudo muito emocionante. Acompanhar as peripécias da minha mãe, aos 86 anos, viajando pela terras lusas, Deus meu, foi uma emoção só!

    Obrigado a vocês, Mariana e Elaine, por proporcionarem, dando apoio o tempo todo, esta linda viagem à ela. Não me arrependo nem me arrependerei jamais do estímulo que dei para que ela se decidisse a ir! Será inesquecível para todos nós! Como disse nosso amigo Bené ( quando viu a foto de minha mãe em frente à Torre de Belém, em Lisboa, que enviei por e-mail): viva D. Nair!!
    Mais uma vez, obrigada a todos, em nome tb de meu pai, Natalino, e minha irmã, Eliana.
    Beth

    ResponderExcluir