domingo, 18 de outubro de 2009

[Columbus - 2009] Último dia...

É como estar em casa. Engraçado. Sinto-me totalmente a vontade aqui em Ohio. Mas o tempo realmente passou. A casa está maior, com mais coisas, mais móveis, mas tudo continua do mesmo jeitinho. Acordamos cedo e fomos, eu, Liz e alguns amigos da época da High School, fazer um passeio típico americano do interior. Colher maçãs. Isso mesmo. Maçãs. As fazendas abrem suas porteiras para o público no início do outono e permitem que o visitante colha as maçãs no pé. É uma tradição por aqui e para ser sincera um programa muito divertido. Tive ótimos momentos nesta manhã. Depois fomos na fazenda ao lado para pegar abóboras para o Halloween deles. Programa muitíssimo diferente de tudo o que estou acostumada a fazer. Uma delícia apesar do frio de zero grau. A Cindy, sempre com seus programas agendados previamente e com hora rigorosamente marcada, nos levou depois para ver uma peça em um teatro alternativo aqui em Columbus. Que dia mais eclético! Primeiro colhendo maças no campo e depois assistindo a uma peça sobre Woodstock em um teatro alternativo. O teatro é o que eles chamam de dinner theater, onde os mesmos atores da peça servem bebida e comida antes de autuarem, além de fazerem toda a administração do negócio. Depois dessa overdose de excentricidade, fomos jantar em um restaurante turco. Minha nossa! Terminei o dia com o nariz todo entupido do frio que peguei pela manhã e com uma vontade de poder prolongar a minha estada por aqui. Tenho medo de demorar mais 13 anos para poder volta. Gostei muito de passar esses dois dias aqui. Foi revigorante. A viagem está chegando ao fim. Amanhã o dia será de muita viagem e espera em aeroportos. Moral da viagem: (i) a batalha do dia a dia é árdua, muitas vezes estafante, mas é ela que faz com que esses poucos momentos sejam intensos e gratificantes e (ii) é importante revisitar algumas partes da vida para poder entender o caminho percorrido que te fez ser o que é hoje. Agradecimentos especiais para minha irmã Renata que me ajudou em toda a logísitca casa x aeroporto, aos meus assistentes no trabalho que só me ligaram duas vezes e especialmente a mim mesma por ter força, disposição e vontade de tornar esse sonho possível. Até a próxima!

sábado, 17 de outubro de 2009

[Columbus - 2009] 13 anos depois...

Deixei Nova York para trás e segui para Ohio onde vivi por 7 meses em 1996. Peguei o metrô para o Aeroporto tranquilamente, gastando o total de 5 dólares. É realmente o meio mais barato (não sei se é o mais fácil) de chegar no JFK. De tanta coisa que comprei em Nova York, não coube tudo na mala, então fiz uma bolsa separada e deixei no aeroporto. Deixem-me explicar melhor. A Delta Airlines, além de cancelar vôos assim do nada, também cobra para fazer o check in de qualquer mala. Você não tem direito a levar nenhuma mala no fim das contas. Cada mala custa 15 dólares. Assim sendo, ficava mais barato e menos complicado deixar algumas coisas no aeroporto. No JFK existe um lugar escondidinho no terminal 4 onde você pode deixar malas e afins. É chamado Bagagge Storage. Então, lá ficaram parte das compras. Depois de um vôo tranquilo em um Embraer pequeninho, cheguei no aeroporto de Columbus e lá estavam Cindy e John me esperando. Meu Deus, que emoção reencontra-los! Eles estão igualzinhos! A Liz e o Peter vieram para o jantar e depois vimos vídeos e fotos daqueles tempos. Foi muito bom relembrar daquilo tudo. A Cindy continua a mesma curiosa perguntando sobre tudo e sobre todos, a Liz está muito bonita e simpática, diferente daquela época de adolecência, o John é mega politizado (não sabia disso) e o Peter o mesmo fanfarrão de sempre. O dia hoje foi cansativo então conto os detalhes e curiosidades amanhã. Tudo bem por aqui, mãe!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

[NYC - 2009] Quinto e último dia...

Hoje me permiti dormi até mais tarde. Estava meio resfriada e precisando descansar. Saí umas 10:00 tranquila, passei na padoca de todo dia e segui para as compras! Ah, compras... Primeiro dei uma parada na loja da Apple pra ver qualé. Eu não tenho uma mente muito tecnológica então acho tudo bacana, mas nada daquilo me encanta realmente. Tenho até vontade de ter um iPhone, mas fico pensando... não falo muito no celular, uso o celular da empresa, tenho mão furada e o celular cai no chão o tempo todo... pra quê ter um treco desses? Deixa pra lá. Segui para a Nike Town. São 5 andares de loja! Gastei uma grana boa lá. Depois fui na Victoria's Secret comprar uns creminhos. De lá fui segui para a Bloomingdales. Enoorme! Dei umas voltas, subi, desci até que vi um casaco lindo, tipo capa, assim, maravilhoso. Me aproximei para ver melhor os detalhes, peguei a etiqueta e levei um baita susto. Sério mesmo, susto de verdade. A porcaria do casaco custava US$ 1.599,00. Era um Armani. Mas qué isso, gente?! Pelo amor de Deus! Me assustei tanto que tratei de sair correndo dali. Nem quis ver mais nada. Segui por ali perto, ainda meio atordoada, em busca de um tal de chocolate quente gelado (Frozen Hot Chocolat) que vi em uma resenha na internet. Andei, andei, andei e não achei o raio da loja. Que frustração! Queria tanto provar o negócio... Voltei para o hotel para deixar as bolsas de compras que estavam pesando no passeio. No caminho consegui ainda comprar uma bota. Nunca gastei tanto dinheiro em um dia só na minha vida!!! Minha nossa! Segui para Chelsea atrás do que li ser o melhor brownie de Nova York. É uma lojinha mínima chama Fat Witch dentro do Chelsea Market (que aliás é muito diferente de tudo o que se vê por aqui e vale a pena dar uma passada). Olha, é bom mesmo. Nunca comi nada igual. Derrete na boca. Uma delícia! Depois andei pra lá e pra cá, me perdi mais um pouco, comprei uns souvenires e resolvi vir para o hotel arrumar toda a bagunça porque amanhã eu iria ter que sair cedo para pegar o vôo para Ohio. Eu disse "iria". Abri o meu email e lá estava uma mensagem da Delta: "Parabéns, seu vôo está confirmado. Faça seu check in on line blábláblá. Os dados do seu vôo são...". Tudo errado!!!! Eu não tinha comprado passagem para o vôo que aparecia no email. Liguei lá e me disseram que o vôo das 8 da manhã foi cancelado e eu teria que pegar o vôo da 2 da tarde. Que bom né? Já pensou se eu tivesse um compromisso importante? Que irresponsabilidade! Nem na TAM isso me aconteceu! (mentira, já aconteceu sim e pior, fiquei plantada no aeroporto por horas e horas). Enfim, vou chegar em Columbus lá pras 4 da tarde. Já avisei o povo que lamentou porque já tinham planos para o almoço. Mas o pior ainda estava por vir. Na vinda para o hotel eu comprei um suco de uva, um tal de Snapple. Ruim pra burro, mas na sede, vai (e tenho muita sede aqui por causa dos aquecedores que deixam ar muito seco). Passados alguns minutos, olhando meu emails, começo a me sentir estranha. Meu rosto estava queimando. Quando me olhei no espelho... méééú Deus! Estava toda vermelha. Tirei a roupa pra dar uma olhada no resto do corpo e tinham manchas vermelhas pra todo lado. Coloquei de volta a roupa e segui para a farmácia da esquina (uma Duane Reade mavarilhosa cheia de quinquilharias) pra comprar um maldito antialérgico que não tinha no kit de primeiros socorros da viagem (que erro!). Fui perguntar pra moça "Do you have any medicine for..." e a moça olhou pra mim, arregalou o olho e disse "allergy?". Tomei o bagulho que ela me deu e agora estou com um sono do cão (e por falar em cão, estou com uma saudade do meu Pankeka....). E são só 19:30! Não vou durar muito mais tempo acordada hoje. Amanhã, como tenho tempo por culpa da maldita Delta Airline, arrumo a bagunça. Adios, Nueva York (mais um tempo aqui e eu iria sair com o espanhol fluente).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

[NYC - 2009] Quarto dia...

E não é que choveu mesmo!? Santa internet e notebook! Se não fosse por isso não teria visto a previsão do tempo e não teria me programado de acordo. Não quero nem pensar como seria visitar o Empire State hoje com essa chuva e, meu Deus, com esse frio! Hoje desisti do metrô. Vi que a melhor maneira de chegar no Metropolitan Museum of Arte era de busão. Então lá fui eu. O tal do Metro Card serve para as linhas de ônibus também, então, como já estou com o meu super Metro Card ilimitado, não tive problemas. As linhas de ônibus são mil vezes mais inteligíveis do que as de metrô. Uma tranquilidade só. O sistema de transporte público aqui funciona e todo mundo usa. Ah se São Paulo também fosse assim... As pessoas iam deixar seus carros em casa como fazem aqui. O trânsito, apesar do ótimo sistema de transporte público, é intenso. Eu disse intenso. Nada de caos total como no Rio e em São Paulo. Acho até que os congestionamentos em Manhattan se devem ao fato de ter muito pedestre. Cheguei no Met um pouquinho antes dele abrir, acabei pagando entrada de estudante porque a moça não tinha troco para 100 dólares (na verdade, paga-se entrada se quiser, é uma contribuição), aluguei meu audio guide, analisei o mapa do museu e lá fui eu. Confesso que fiquei meio cansada de museu depois da viagem pela Europa do ano passado. Teve horas que não aguentava mais ver pintura de gorduchas rosadas e dorsos grecos-romanos. O Met não é diferente de nenhum museu visitado no ano passado, mas dessa vez teve uma diferença. Hoje, me arrependo muitíssimo de não ter alugado do audio guide no Louvre. Como sou completamente leiga quando se trata de arte, sem saber o que eu estava vendo, a visita ficou massante. Chata mesmo. Dessa vez, no Met, com o tal do audio guide, a visita ficou infinitamente mais interessante. Vou dar dois exemplos interessantes contados pelo audio guide:
Bonito, não!? É Renoir. A mamãe e suas duas filhinhas bonitinhas. Seria somente isso que eu iria pensar ao ver o quadro e passaria reto. Mas está vendo a criança menor sentada no sofá? Uma menina, certo? Errado! É um menino. No século XIX os meninos eram vestidos assim até a idade de 5-6 anos. Sabe-se que é um menino porque esta era a família de um cara famoso (não guardei exatamente quem era o cara) e ele tinha uma esposa, uma filha mais velha e um filho mais novo. Só mesmo audio guide para explicar todas essas coisas.
E tem mais um interessante (juro que é só mais esse):
O autor é uma mulher, Rosa Bonheur. Trata-se do retrato da venda de cavalos no século XIX. O interessante é que mulher não podia participar da compra e venda de cavalos então a autora passou dias e dias indo ao tal local onde era feita venda para fazer a pintura vestida de homem. Fica aí então a dica para os leigos que vão a museus: Alugue os audio guides. O único e gravíssimo problema é que em nenhum lugar tem audio guide em português. Tem até em russo, mas em português nada.
Depois de 4 horas de muitos dorsos greco-romanos, fragmentos de arfetos egípcios e pintores impressionistas do século XIX, deu fome e lá fui eu para um dos momentos mais esperados e programados da viagem. Duas coisas que vocês precisam saber sobre mim (tem mais coisas, mas no momento são só essas para entrar no contexto): 1 - eu adoro siri, carangueijos e afins, e 2 - eu adoro fazer o prévio planejamento das minhas viagens. Então, é claro que eu não poderia deixar de pesquisar o melhor lugar para comer o tal carangueijo gigante do Alasca (tenho um desejo louco de comer esse bicho depois que vi o tal documentário "Pesca Mortal" no Discovery Channel). Fui no restaurante
One Fish Two Fish que fica no East Side, perto do Met, na Madson Ave. com 97th St. Está recomendadíssimo! Tem tanta coisa boa no cardápio que quase perdi o foco no ponto principal de estar ali. E aí está, desejo realizado com sucesso:

Passei um mico básico no começo sem saber direito como comer o monstrengo, mas depois me adaptei e me deliciei. A carne é muito parecida com camarão e muito suculenta. De barriga cheia e desejo saciado, peguei o busão de volta ao lado oeste. Tinha reparado que havia um salão de cabeleileiro perto do hotel e fui lá fazer uma escova (o secador do hotel é péssimo). Tive um problema terrível com o vocabulário de salão de beleza. Nunca tinha ido a um salão quando morei em Ohio e nunca tive nenhuma aula de inglês que abordasse essa situação. Mas no fim deu certo. Mulher alisa cabelo em todo canto do mundo ocidental. Mas custou uma fortuna!!! Também, fazer escova em dólar e ainda por cima em frente ao Central Park é ser chique demaaaaaaais... (uma observação importante aqui: eu tenho muito cabelo, como todos sabem, e tenho que sempre secar o cabelo antes de sair ao vento senão viro a mulher das cavernas. Como quero ficar bonitinha pra me reapresentar em Ohio, resolvi fazer a escova de ouro. Normalmente, em viagens, nem ligo de ficar com cabelão feião, mas essa é uma ocasião importante). Ah, outra coisa interessante: ontem eu disse que tinha visto várias excursões de alunos pelas ruas, hoje vi uma engrassadíssima. Tentei até tirar uma foto, mas não consegui na hora. Imagine: um grupinho de 5 crianças bem pequenas, uns 5-6 anos. Um professor na frente segurando uma corda, as crianças atrás dele em fila segurando na corda que um outro professor também segurava no final da fila. Era proibido soltar a corda. Boa idéia, né. Mas mesmo assim eu não deixaria meu filho fazer essas excursões maluca deles. Presta atenção: as crianças estavam andando na chuva!!! Eu hein!? Hoje era dia de musical novamente. O espetáculo de hoje era o segundo da lista de best sellers: Billy Eliot. Esse eu comprei em um dos piores lugares por dois motivos: 1 - era bem mais barato e 2 - queria saber o que é exatamente o pior lugar. E digo, não é tão ruim assim. Claro que na frente do palco é bem melhor, mas dá para o gasto. Dessa vez não fiquei tão entusiasmada assim. Não sei se é porque eu vi o suprassumo logo de cara ou então porque já conhecia a história do filme, não sei. Não achei lá essas coisas. O menino que faz o Billy é uma graça, como não poderia deixar de ser, mas faltou o tchan. O que me impressionou mesmo essa noite foi o povo daqui. Um bando de gente na rua, muita gente mesmo, lotado. Normal se não fosse a chuva e o frio que está fazendo. Não sei, acho que está uns 2-3 graus. E mais impressionante ainda é que voltando para o hotel vi gente passeando com o cachorro na rua. Dá pra acreditar? Que povo animado! Se fosse eu já estava abraçada no Pankeka em baixo do cobertor. Eu, pra variar, errei no sapato e meu pé estava todo molhado, prontinho para congelar. Não via a hora de chegar logo no hotel quentinho. Não deu nem pra pensar em fazer uma boquinha na rua. Amanhã é o último dia em NY. Já fiz quase todos os passeios turísticos, então vou fazer umas comprinhas por aí.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

[NYC- 2009] Maravilha...

[NYC- 2009] Terceiro dia...

Fui dormir com fome, acordei com fome, claro. Desci até a padoca da esquina e pedi um clássico Bagel com Cream Cheese e suco de laranja como nos velhos tempos de intercâmbio. Segui para a Quinta Avenida para visitar o Empire State Building. Tenho feito a coisa certa sem querer. Cheguei cedo tanto na Estátua da Liberdade como no Empire State. Em nenhum dos dois peguei fila, mas quando saí a fila já estava bem grande nos dois. O diabo do prédio é alto mesmo e como todo lugar alto, além da beleza da vista, tem também o frio de rachar. Não vou dizer que estava o mesmo frio que estava quando subi na Torre Eiffel em Paris, porque aquilo foi algo muito fora da capacidade humana brasileira de suportar o frio já que na ocasião estava nevando, mas estava uma friaca considerável. A vista é muito bonita realmente. Comprei o tal do Audio Guide e, apesar de ser caro (U$ 8), vale a pena para os mais desnorteados pois dá um panorama geral da cidade. Eu que, modéstia aparte, tenho um senso de direção muito bom me diverti com as anedotas que são contadas pelo guia. E por falar em senso de direção, ele está sendo utilizado com bastante frequencia e intensidade por aqui. O metrô é complicadíssimo e pode deixar os menos norteados de cabelos em pé. O metrô de Paris e Londres é um parque de diversão perto do metrô de Nova York. Lá a gente podia entrar em qualquer buraco de metrô que a coisa dava certo. Aqui se eu entrar num buraco errado, para consertar a rota vai é tempo. Não tem muitas estações para baldeação, os trens locais e expressos são confusos, algumas estações tem uma entrada para um sentido e outra para o outro sentido sem conexão entre elas, um Deus nos acuda. Minha nossa. E ainda tomando carona no assunto metrô, percebi que hoje ele estava beeeem mais cheio que nos dias anteriores e acabei descobrindo que dia 12 foi feriado aqui também. Eles devem ter dado aquela emendada básica, porque ontem, dia 13, a coisa estava bem tranquila comparado com o sufoco de hoje, tanto no tubo quanto nas ruas. Muita gente junta! Saindo o Empire State, fui descongelar na Macy's, maior loja de departamento do mundo. Olha, quem me conhece sabe que eu não gosto de ficar hooooras fazendo compras, mas só eu, que não gosto muito desse tipo de programa e não tenho muita grana para pagar, gastei 3 horas lá dentro. Para mim é um recorde! Não comprei muita coisa não. Tudo meio caro para o meu orçamento apertado. Mas deu pra dar um gostinho. Saindo de lá andei pela Quinta Avenida até o Rockefeller Center e Saint Paul's Cathedral e fui comer a típica comida saudável americana: costela de porco, com batata frita e milho. Agora não vou me lembrar no nome do restaurante, mas fica na W 47th, perto da Times Square. Vi uma propaganda na TV dizendo que era o melhor lugar para comer essas porcarias. É bom, mas não muito diferente do famigerado Outback. Nessa parte do dia as minhas pernas já estavam me torturando. Sei lá, acho que não estou com o calçado adequado para andar o tanto que estou andando. Fui até a Times Square novamente para ver se conseguia comprar um ingresso para um teatro, mas a fila para comprar ingressos de última hora estava gigante. Como já estou com ingresso comprado para outro musical para amanhã, desisti da idéia. Cheia de sacolas de compras e com as pernas doendo, resolvi dar um pulo no hotel e foi aí que passei o maior aperto da viagem. Digo aperto porque estava eu em um vagão do metro quando do nada entra um bando de crianças aparentemente fazendo um tour sei lá pra onde com dois professores, tipo excursão de colégio. Sem brincadeira, eram umas 30 crianças. Quando pensei que o pior já tinha acontecido, em outra estação me entra no mesmo vagão mais outra excursão de crianças com mais umas 20 pestes, que nem tinham onde segurar e toda vez que o trem parava ou andava eu era esmagada contra a porta. Isso durou umas duas estações quando, não sei nem como, consegui descer do trem. Foi a concretização do meu maior pesadelo. Rs. Depois deste evento, reparei que tem muito grupo de crianças andando assim na rua, sendo conduzidas por professores. Fiquei na verdade admirada como os professores conseguem ter controle sobre o bando, mas ao mesmo tempo não gostaria que meu filho estivesse andando de metrô lotado correndo o risco de se perder ou ser esmagado. Meu pé doia muito, mas consegui tirar forças para sair novamente e dar uma volta no Central Park finalmente. Vi na previsão do tempo que amanhã vai chover, então tinha para mim que era a minha única chance de conhecer o local seco. O Central Park fica a 2 quadras daqui, uma maravilha. Planejei de ir do oeste (onde está o hotel) para leste e fui andando sem muito compromisso. O lugar é lindo e o clima muito agradável. Muita gente passeando de bicicleta, com cachorro, criança, apesar do frio e do horário (acho que tem muita gente que não trabalha por aqui..rs). Andei por umas 2 horas, parando aqui e ali, apreciando a vista sentadinha em um banco (e os pés e perdas doendo). No fim, em vez de sair no lado leste, saí no lado sul. Me perdi para pegar o metrô, mas por fim cheguei nas redondezas e cá estou cansada, esgotada, podre. Vou me recuperar para sair para jantar. Nada de ir longe por hoje. Tem um barzinho aqui na esquina que estou querendo conhecer. Como amanhã a previsão é de chuva, da-lhe museu! Missão para amanhã: comprar um guarda-chuva.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

[NYC- 2009] Segundo dia...

Acordei cedo, consultei a previsão do tempo para ver como estava o clima na internet já que a janela do meu quarto dá de frente para uma parede. O dia hoje estava nublado e frio. Me agasalhei e botei o pé na estrada, ou melhor, no metrô. Tem uma estação aqui pertinho que passa a linha 1 que leva direto para o Battery Park onde pega o Ferry Boat para Estátuta da Liberdade. O Ferry sai de 30 em 30 minutos e sai sempre lotado. A travessia dura uns 10 minutos e é muito bonita. A Estátua em si é bem menor do que eu imaginava, mas tem sim a sua beleza. A visita à coroa reabriu depois de ficar fechada depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, mas são com horário marcado e está tudo lotado até fevereiro de 2010. Sem chance. Na volta o sol começou a aparecer, graças a Deus, porque o frio estava de matar. Do Battery Park andei pela West Street até o Ground Zero, onde ficavam as torres gêmeas. Uma sensação terrível passar por ali onde tantas pessoas morreram. Ali tem um grande vão, com guindastes, tapumes e seguranças. Estão construindo um memorial no local. Dei uma volta completa no grande nada que há ali agora e segui para a Wall Street. Não sei porque na minha cabeça a Wall Street era uma larga rua toda iluminada. Descobri que tinha confundido com a Times Square. A Wall Street é na verdade quase um beco, tipo o Beco Diagonal da J. K. Rowling. Dali me perdi, o GPS imputido que tenho no cérebro deu uma pifada e andei pra lá e pra cá meio desorientada. Acho que era a fome. Depois consegui entender o tal esquema de linha expressa e local do metrô. A expressa não pára em algumas estações. Descobri isso quando queria descer na Canal Street para ir na China Town e o raio do trem passou batido. Fiz o "retorno" e finalmente cheguei onde queria. Tinha visitado um site na internet antes de viajar que dava dicas de lugares baratos e bons e na China Town havia uma indicação de um tal de Big Wong King (67, Mott St.). Já estava morrendo de fome e então fui lá conferir. O restaurante é naquele esquema Liberdade, meio podrão com os atendentes todos falando chinês, naquela simpatia tão peculiar (simpatia tipo Vô Chow). Mas olha, está aprovadíssimo!!! Comi o melhor Yakisoba (Choy Suey Pan Fried Noodles) da minha vida! Simplesmente maravilhoso! E tudo por 12 dólares. Uma dica boa pra quem gosta de comprar aqueles presentinhos, compre na China Town. Tudo "balatinho". Dali, de barriga cheia, fui na J&R, loja de eletrônicos que tem na frente da Prefeitura. Comprei uma câmera nova e algunas encomendas dos amigos e familiares. Ali perto fica a Brooklyn Bridge e fiz uma meia travessia. Depois fui ao Grand Central e desci a pé pela 42th Street até a ONU. Fiquei decepcionada ao chegar lá. Aquelas bandeirinhas que vemos nas reportagens na TV não estavam hasteadas. Entrei no prédio para ver se tinha um tour pela sala de conferências. Tinha! Mas, olha só que burrice: na entrada todos tem que deixar as bolsas na chapelaria e eu deixei a minha mochila e esqueci o dinheiro nela, de forma que ao entrar na ONU não tinha dinheiro para pagar o tal tour. Dã! Não tinha dinheiro nem para comprar uma canequinha da ONU que gostei no Gift Shop. Depois disso fui para o hotel. Estava com as pernas doendo de tanto andar. Descansei um pouco, tomei um banho e pé no metrô novamente, direto para a Times Square para assistir ao meu primeiro musical na Broadway. Já tinha comprado o ingresso com antecedência. Comprei logo os best sellers, nos melhores lugares, já que não sei se volto um dia aqui. Hoje era o dia do campeão de vendas: "Wicked". Quando vi a resenha na internet logo me interessei. Todos sabem que eu adoro O Mágico de Oz (se não sabem, ficaram sabendo agora). Pois bem, trata-se do lado não contado da história. SIMPLESMENTE ESPETACULAR!!!!!! Em tudo: na produção, no figurino, na maquiagem, na montagem, mas principalmente na história. É demais! No final do espetáculo pela primeira vez senti falta de ter uma companhia nesta viagem, alguém para comentar o que eu tinha acabado de assistir. Nossa, estou maravilhada e apaixonada pela história. Saindo do teatro segui andando pela Times Square. Agora sim: lá estava ela toda iluminada. O frio estava rasgando e resolvi vir embora. Pensei em jantar por aqui por perto, mas estava tudo fechado. Vou dormir com fome (pelo menos vou perder uns quilinhos) e com uma missão para amanhã: passar no mercadinho e comprar uns salgadinhos para deixar no quarto do hotel para as horas de aperto.
Para ver as fotos, clique na imagem que está canto superior direito da página ou aqui.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

[NYC- 2009] O dia inteiro viajando...

Olha, o mundo é imenso! Saí às 3:30 da manhã de casa, peguei um avião que anda a 900 km por hora e mesmo assim, só consegui chegar no hotel às 20:00 da noite, horário de Nova York. Além de não ter dormido nada nas poucas horas que tinha antes de viajar, não preguei o olho no avião. Não porque o vôo foi ruim. Longe disso. Não consegui dormir porque o tal do centro de entretenimento do avião tinha um monte de filmes novos que eu não vi em função de estar morando no fim do mundo. Assisti 4 filmes na viagem. Nó! Viajar pela TAM é outra coisa. No ano passado fui para a Europa pela KLM. Uma maravilha. Primeiro mundo, mas você acaba se sentindo uma estrangeira assim que sobe no avião, mesmo estando em solo tupiniquim. Na TAM não. A comida é normal, os comissários são normais, tudo normal como se estivesse na ponte Rio-São Paulo. Me senti em casa. Chegando em Nova York, a alfândega passou rápido com o rapaz nem olhando para minha cara, a bagagem chegou sem problemas e assim fui procurar como chegar em Manhattan. Peguei o AirTrain até a estação Howard Beach. Pensei que ia ser uma baita estação tipo Sé, mas que nada. Uma estaçãozinha pequena no meio do nada. Depois peguei a linha A para Manhattan. Perguntei que linha deveria pegar para uma menina que estava do meu lado e ela foi muito solícita, coisa rara por aqui. No meio da conversa ela soltou um "você vai ficar um bom tempo no metro, vai passar por um monte de estações no Brooklin e depois vai parceber quando o trem entrar em Manhattan". Dito e feito. Meu Deus, que cidade grande! Acho que fiquei mais de uma hora no tal do trem. Olha, passou por uns lugares que não perde em nada para Santa Cruz e Madureira. E um povo feio estilo Muriqui entrava e saía do vagão velho, caindo aos pedaços. Depois de muuuuito tempo passando por lugares a la Brazil, a coisa foi melhorando, os passageiros ficaram bonitos, coisa fina. Aliás, fica aqui um adendo importante, tem muito homem bonito aqui. Good Lord! Pra terminar, desci na estação errada, andei, andei, andei, até que desisti e pegue um taxi. Lição número 1: A distância entre a 60th street e a 79th street, a pé, com mala, é infinita. Chegando no hotel, tudo estava certinho, sendo que os empregados não são lá muito simpáticos, mas isso é o de menos. O hotel é bem simples, meio estranho, mas pelo preço e localização, está muito bom. É praticamente na frente do Natural History Museum. Meu inglês está muito bom. Consigo me comunicar normalmente os americanos, mas vou contar uma coisa. Americando é o que menos tem por aqui. O taxista, a mulher que auxilia no metro, o recepcionista do hotel, a guarçonete. Todos estrangeiros falando um inglês horrendo. Acho que meu inglês vai é piorar com essa estada por aqui. Rs. A Cindy ligou de Ohio e disse que estão me esperando por lá no sábado! Maravilha. São 22:00hs e preciso dormir. Amanhã será um longo dia! Bjo!