quarta-feira, 15 de junho de 2011

[Croácia] 13 a 15 de junho de 2011

13 de junho de 2011



Deixamos Lucice pela manhã. O Guillermo jurou que iria dar uma nadada, mas, claro, de zoeira. A água é muito gelada aqui. Seguimos em direção a uma praia chamada Zlatni Rat (os nomes aqui são dificílimos de se dizer, então ficamos inventando formas de se falar os nomes em Croata. Já saiu coisas do tipo Jandira, Jerônimo e outras pérolas do mesmo nipe, muitas vezes terminando com “...sky”). Nas pesquisas na internet do meu pai essa seria a praia mais bonita da Croácia. E de fato, era lindíssima. Só que os Croatas não sabem o que é areia, pois isso não existe aqui. As praias são todas formadas de pedras brancas, rodondinhas, polidas, lindas, só é muito difícil andar na praia. Nós descemos do barco com o bote até a praia todos sem levar chinelo. Um teve que voltar para buscar as Havaianas, porque o pé doía demais nas pedrinhas. A água do mar é azul de todos os tons e cristalina. Não resisti e resolvi dar um mergulho. Fui na coragem de uma vez e senti todos os ossos do meu corpo trincando de tanto frio. Pior que água de cachoeira. Inevitável o escândalo e uma série de palavrões ao entrar no gelo. Depois que entrei, meu pai e a Fátima se animaram e também tiveram a oportunidade de soltar uns gritos de dor ao entrar. E olha, quem me conhece sabe que tenho pavor da combinação pedra e água. Não suporto pisar em pedra que esteja submersa por qualquer quantidade de água. Mas dessa vez não tive medo, porque não há formação de limo ou algas nas pedrinhas que ficam limpinhas e lindas em baixo da água. Então, nenhum problema. O escândalo ao entrar foi simplesmente por causa do frio mesmo. Deixamos Zlatni Rat em direção a cidade de Stari Grag, já na Ilha de Hvar (fala-se “Ravar”, ou assim pensamos que se fala). A cidade é muito charmosa. Parecida com Milna, com casas feitas de pedra, parecendo um cenário de filme épico medieval. A organização aqui é impecável. O cais é público para atracação de embarcações e se oferece água e eletricidade. Mas tem-se que pagar, claro. Lá ficou cerca de 340 kunas, que segundo a minha irmã e o meu cunhado que tem mais experiência, não tão caro assim. Hora de lavar roupa, cabelo e recarregar as baterias das máquinas fotográficas, celulares e computadores. Fomos dar uma voltinha na cidade e nos deparamos com uma procissão e lembramos que era dia de Santo Antonio. Hora de fazer um pedido? De noite comemos uma pizza deliciosa, tomamos um vinhozinho pra espantar o frio do verão croata, jogamos uma partida de buraco e fomos dormir, dessa vez em balanço e sem barulho. Ótima noite de sono!



14 de junho de 2011.



Seguimos navegando pela ilha de Hvar e ancoramos em uma linda enseada que não sabemos o nome mas deve ser algo com “...sky” no final. Preparamos o almoço e seguimos adiante para a cidade de Hvar. Diferente de Stan Grad, Hvar é uma cidade agitadíssima, cheia de turistas jovens, velhos, de meia idade e de todas as nacionalidades. No alto da montanha tem um lindo castelo, que só eu me animei a subir e conhecer. São vários lances de escada no meio de uma vila super charmosa e depois uma trilha tranqüila e arborizada que se percorre em cerca de 15 minutos para ser ter como recompensa depois uma vista espetacular!!! Uma coisa maravilhosa. O resto do dia foi de passeio pela cidade, comprando uma coisinha aqui outra ali, tomando uma cervejinha aqui outra ali. Depois, tivemos mais uma noite de sono agitada, com barco balançando bastante o que me fez ir para a sala para poder pegar sono.



15 de junho de 2011.



Acordamos cedo e fomos na peixaria tentar encontrar um peixe, um camarão, uma lula ou algo do gênero. Chegamos na peixaria e tinham duas pessoas vendendo meia dúzia de peixe. E nada de frutos do mar. Meu pai perguntou se tinha camarão e recebeu uma risada do tipo “ta brincando?”. Apesar do longo litoral, a vida marinha é pobre e peixe parece ser artigo de luxo por aqui. Seguimos para uma região de pequenas ilhas logo em frente de Hvar. Paramos um uma enseada muito bonita e resolvemos todos dar um mergulho naquele estilo pula e grita. Depois seguimos velejando para a ilha de Korcula (que se escreve com um acento esquisitíssimo no c que não tem como fazer no teclado e também não sei que som resulta) e atracamos em Vela Luka, novamente em um cais público, com energia, água e segurança nota 10. Vela Luka é diferente das outras cidades que visitamos. É mais moderna, com construções recentes e muitos carros na rua. Na vinda nos questionamos como é que um país tão pequeno, pobre em recursos naturais, vindo de uma guerra violenta, consegue ser tão organizado e moderno e o Brasil é aquela zonas que conhecemos. Bom, já dizia a piada antiga que minha avó contava... “não sabe o povo que vou colocar lá”. Todos aqui são muito simpáticos. Exceções somente a mulher da casa de câmbio de Hvar e do funcionário do cais aqui de Vela Luka, completamente histérico. De resto, os Croatas são realmente muito bacanas. A saudade de casa está começando a apertar pra valer.


Um comentário:

  1. Quando escrevi no comentário anterior sobre pés, pedras e água, era sobre o que vc escreveu agora... mas é muito chique perder o medo de pedras na água na Croacia kkkk.
    E ai fez o pedido? Agora tem que colocar um de cabeça pra baixo no congelador...
    E pelas minhas leituras interneticas (leia-se pesquisa no google) a vida marinha, digamos falta de algas e outras coisas verdes presas nas pedras pode ser por causa da alta salinidade das aguas do mar adriatico.

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