sexta-feira, 24 de junho de 2011

Acordei cedo, coloquei meu tênis e fui andar. Segui em direção à cidade antiga de Split. Em 30 minutos estava em um lindo calçadão, com palmeiras, bancos, jardins e bares lindos e em frente cerca de 5 navios de passageiros enormes. No final do calçadão vi que estava começando uma feira e decidi ver o que era. Muitas flores, frutas coloridas e lindas e todos os tipos (incluindo alguns que desconhecia), carne, frango, roupas, queijos. Tudo menos peixe e frutos do mar. Incrível. Segui a minha caminhada de volta e percebi que algumas pessoas estavam vindo em direção contrária com sacos de compras contendo peixes. Passando por uma rua transversal senti um cheirinho característico de peixe, dei meia volta e segui o meu sentido. Achei o tal mercado de peixes de Split que já estava começando a achar que era lenda. Na entrada tinham umas banquinhas com sardinha, outras com sardinha e outra com sardinha e já fui me decepcionando. Mas entrando mais um pouco no mercado me deparei com camarões, mexilhões, lulas, polvos, caranguejos, peixes com cara feia, peixes com cara bonita. Aí sim, finalmente. Acho que ali estava todo o peixe existente na Croácia. Dei uma volta e estava indo embora. Chegando na esquina pensei bem, dei meia volta e voltei. Tinha pegado um dinheirinho que estava dando bobeira em cima do armário pensando que podia comprar o pão na volta. Como o pessoal demora um pouco para acordar e tomar café da manhã, resolvi comprar uma coisinha para caso o mercado fechasse antes que meu pai resolvesse sair do barco. Comprei camarões de dois tipos e logo depois me deparei com o caranguejo. Perguntei em inglês quanto era e o cara me respondeu em croata, o que me deixou com cara de “ué?”. Aí ele escreveu o valor num papel e calhou de ser exatamente a quantia que tinha me restado no bolso. Segui contente para o barco carregando 3 quilos de frutos do mar debaixo do sol que já estava rachando. A felicidade foi acabando no final do percurso quando o cansaço começou a bater com o calor que estava fazendo. Tomei café e o pessoal resolveu ir passar o dia na cidade antiga. E dá-lhe voltar novamente a pé. Percorremos as ruínas do palácio de Dionísio entre um montão de turista e comprei umas lembrancinhas de turista para o Marquinho, Renatinho e a minha turma do jurídico. Ao meio dia uma turma de jovens fantasiados de soldados romanos e de Dionísio iniciou uma apresentação no pátio do palácio. Dionísio iniciou: “Periculum in mora, ex tunc, ex unc, data vênia, ad quo, pirilimpipim, fumus boni juris etc etc etc etc. That means: Welcome!”. Caí na risada. Andamos mais um pouco, compramos umas groselhas e framboesas pensando que poderia fazer aquela batidinha com a vodka croata do Guillermo, o que mais tarde se transformou em um martírio, porque simplesmente não existe gelo para se comprar na Croácia. Ninguém toma nada com gelo por aqui, não é possível! Voltando para o barco comemos os camarões e caranguejos que tinha comprado. Depois bodiei. Andei demais e estava fazendo muito calor. Só voltei a Terra depois que o sol abaixou lá por volta das 17 horas. O pessoal ainda fez lentilha mas eu dispensei. Não tinha nem feito a digestão ainda do almoço. Fui dormir cedo, cansada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário