segunda-feira, 13 de junho de 2011

[Croácia] 11 e 12 de junho de 2011

Dia 11 de junho de 2011.



Acordei e fui direto para o aeroporto pegar o vôo para Split. Chegando no check in da Easyjet aquela zona, lotado! Logo de cara encontrei meu pai e a Fátima tentando acondicionar todos os pertences e roupas em uma mala. Na Easyjet se paga por cada mala despachada e não é barato. Se pagar antecipado é cerca de 20 Euros, se deixar para a última hora o valor dobra. No balção do check in o cara olhou para meu passaporte, coçou a cabeça, olhou pra mim, olhou de novo pro passaporte, olhou um manual, por fim pegou o telefone e falou meia dúzia de palavras em francês. Não entendi absolutamente nada. Achei que ele estivesse de onda comigo só porque sou brasileira, mas depois, conversando logo depois com a minha irmã cheguei a conclusão que ele estava checando se para entrar na Croácia era preciso visto. O que não era. Fui tomar um café com meu pai enquanto esperava a minha irmã fazer o check in e tive uma grave decepção. Ele tinha contado no blog dele que tinha feito skydiving na Nova Zelândia o que tinha me feito mudar completamente os meus conceitos sobre ele. Tive que retornar ao conceito antigo. Fez skydiving nada! Mentiroso! Contei a história toda orgulhosa até para seu chefe, caramba! Que coisa feia. Mas não deixa de ser engraçado. Mais perto da hora do embarque resolvemos nos dirigir ao portão. Não deveríamos ter deixado assim para a última hora porque fomos barrados na alfândega. Sim, barrados na alfândega de saída da maldita Suíça! Como cada um tinha um tipo diferente de passaporte brasileiro (azul com chip, azul sem chip e verde datilografado à máquina de escrever) a mulher levou nossos passaportes para dentro para averiguação de falsificação. Ficamos ali uns 15 minutos esperando. Que nervoso! Depois a mulher voltou com os passaportes dizendo que poderíamos prosseguir porque eles não eram falsos! Ahhhhhh bom! Chegamos no portão e o embarque já estava terminando, mas deu tudo certo. Chegamos em Split num calorão de 24 graus em pleno verãozão e seguimos para a marina. Demorou um bocado até pagar, preencher ficha, fazer check in, vistoria e o caralha-quatro e por volta das 17 horas embarcamos naquela será nossa casa durante 2 semanas. Estava ela lá, no deck D18, a Smisni, um Bavária 44 pés, com 3 cabines. Minha irmã e a Fátima foram fazer compras e eu, meu pai e o Guillermo ficamos tomando uma na marina (leia-se, eu e o Guillermo). Marina, aliás, que é um espetáculo de limpeza e organização. E vejam, é uma marina pública. Claro que paga-se a estada, mas é pública, não precisa ser sócio. Estávamos cansados então decidimos jantar por ali mesmo no restaurante italiano que fica na marina e foi aí que descobrimos que as coisas são bem baratas para os padrões europeus. 8 Kunas (moeda local) custam 1 Euro. Pechincha!





12 de junho de 2011.



Até que a noite foi bem dormida, não sei se pelo cansaço ou se pelos muitos vinhos tomados no barco. Tomamos um belo café e saímos rumo a cidadezinha de Milna na Ilha de Brac, em frente a cidade de Split. Levantamos vela e... cadê o vento? Balança pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. Levantei e fui pegar a meu kit e fui fazer a unha para esperar o vento. O mesmo fizeram a Fátima e a Renata. Unhas feitas, vento inibido, o jeito foi ligar o motor e seguir a diante. Pensávamos que as distâncias aqui eram grandes, mas não. Tudo é bem perto e chaga-se relativamente rápido aos lugares pretendidos. A água é azul, azul, linda! A primeira parada foi em Milna que fica no ilha de Brac. É uma vila lindíssima com construções antigas de pedra em vielas estreitas. Atracamos o barco em frente a um barzinho e já aproveitamos para tomar uma cervejinha ali mesmo. Muito chique! Dali seguimos para um lugar chamado Licica, uma enseada estreita sem marina, somente um restaurante cujo dono cobra 300 kunas por uma poita para amarrar o barco e 1000 kunas pelo peixe assado. Um roubo! Mas quando é que vamos voltar aqui não é? Demos uma voltinha de bote para descobrir as redondezas e percebemos que quase não há areia por aqui. É tudo pedra branca, com muito pouca vida marinha, pois, sabe-se lá por que, nas pedras quase não se forma limo ou crescem algas, mas é por isso que a água é azul e cristalina, chamativa para um tibum, até que se coloca o pezinho na água e se descobre que a água é gelada como de cachoeira. A noite foi um martírio. O barco não parou de balançar a noite inteirinha. A Fátima ficou muito enjoada até que o Guillerno conseguiu encontrar um jeito de manter o barco mais estável levantando um pouco a vela. O meu suplício na verdade tem a ver com o balanço, mas não foi ele propriamente dito. Toda vez que o barco balançava, uma portinha do motor que fica virada para o meu quarto rangia alto bem no meu ouvido. Isso foi a noite todinha!!! Demorei pra dormir e acho que acordei pelo menos uma dúzia de vezes durante a noite. Que irritante! Eu não tenho talento pra essa vida não. Afe! Acho que 2 semanas com conforto duvidável vai ser um desafio bem grande na minha vida.

Um comentário:

  1. 11/junho
    aposto que foi o Marquinho e seus vizinhos amestrados que forneceram os passaportes.
    Seu pai não foi tão radical como pensamos, mas quem sabe na próxima.
    Qual o problema com as marinas particulares de Muriqui/Itacuruça? São iguaisinhas as daí...

    12/junho
    Querem que mande ventos engarrafados daqui para vocês? Os ventos aqui estão bombando, alias, derrubando...
    ...depois quero falar sobre pés, pedras e água... mas já adiantando tá muito chique...
    divirtam-se.
    Escreva mais...

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